O Brasil derrotou o Paraguai por 1 a 0 nessa terça-feira (10), na Neo
Química Arena, em São Paulo, pela 16ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas,
e garantiu vaga na Copa do Mundo de 2026. No dia do aniversário de 66 anos do
técnico Carlo Ancelotti, em sua estreia no comando da Amarelinha em solo
brasileiro, a Seleção manteve a tradição de ser a única presente em todas as
edições do Mundial.
Na próxima Data Fifa, a Seleção recebe o lanterna Chile, no dia 4 de
setembro – partida em que Vini Jr. cumprirá suspensão –, ainda sem local definido,
e encerra sua participação nas Eliminatórias contra a Bolívia, fora de casa, no
dia 9.
O jogo
Posicionado ao lado de Matheus Cunha, Vini Jr. começou a partida atuando
mais por dentro, função que já desempenhou com Ancelotti no Real Madrid. Coube
a Martinelli ocupar o lado esquerdo. Na ponta direita, Raphinha foi bastante
acionado nos primeiros minutos, sempre buscando o centro e abrindo espaço para
as investidas de Vanderson.
A equipe brasileira explorou bolas esticadas e jogadas individuais pelos
flancos, mas teve dificuldades para furar o bloqueio paraguaio. Martinelli,
revezando-se com Vini Jr. pela esquerda, foi uma boa opção e criou jogadas
perigosas. Em uma delas, o jogador do Arsenal cruzou da linha de fundo, mas
Matheus Cunha desperdiçou grande chance ao cabecear para o meio da área em vez
de finalizar ao gol.
O Paraguai recuou com os 11 jogadores atrás da linha da bola e não criou
nenhuma chance clara na etapa inicial. A equipe do técnico Gustavo Alfaro fazia
uma partida perfeita do ponto de vista defensivo até os 43 minutos do primeiro
tempo, quando Raphinha atraiu a marcação de três adversários e a bola sobrou
para Matheus Cunha, que cruzou rasteiro. Vini Jr., como um centroavante,
invadiu a pequena área e completou para o gol. A vantagem no placar fazia
justiça à pressão brasileira.
O roteiro da partida seguiu inalterado após o intervalo. A Seleção
continuou dominando amplamente e quase ampliou nos primeiros minutos. Bruno
Guimarães pegou a sobra na área e quase encobriu o goleiro Gatito Fernández
após cruzamento, mas Cáceres salvou antes de a bola entrar.
Buscando criar chances de empate, o técnico Gustavo Alfaro tirou um
volante e colocou Ángel Romero, atacante do Corinthians com histórico
artilheiro em Itaquera. No entanto, a solidez defensiva apresentada pelo Brasil
diante do Equador se repetiu, com destaque para o bom desempenho do novato
Alexsandro, zagueiro do Lille-FRA, que venceu a maioria dos duelos com os
adversários.
Apesar de não sofrer riscos, o Brasil deixou de levar perigo à medida que
o tempo passava, e o jogo foi ganhando contornos de tensão. Com o lado direito
pouco produtivo, Ancelotti fez uma alteração ousada: tirou o lateral-esquerdo
Alex Sandro e colocou Beraldo, armando o time com três zagueiros e liberando
Vanderson para atacar. O treinador também lançou Gerson e Richarlison, numa
tentativa de dar mais posse de bola à equipe e retomar o domínio no campo
ofensivo.
A Seleção voltou a pressionar nos minutos finais e quase marcou o segundo
com Bruno Guimarães, mas Gatito fez grande defesa após chute do meia na área. A
partida terminou sem alterações no placar, com a vitória brasileira confirmada.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF