Filiação ocorre antes do governador do Rio Grande do Sul embarcar para
Nova Iorque; após o retorno, será realizado ato político
O governador Eduardo Leite irá se filiar ao PSD, nesta sexta-feira, em
São Paulo, antes de embarcar para Nova Iorque, onde cumprirá agendas
institucionais. Após o retorno de Leite da missão aos Estados Unidos em 15 de
maio, será realizado ato político de filiação, no Rio Grande do Sul, com a
presença de Gilberto Kassab, outras lideranças e integrantes da cúpula do PSD.
Como a coluna antecipou, na segunda-feira, Kassab reuniu Leite e o
governador do Paraná, Ratinho Júnior, em um jantar, que contou com as presenças
de outros poucos líderes.
Nesta quinta-feira pela manhã, a presidente estadual do PSDB, Paula
Mascarenhas, que é secretária extraordinária de Relações Institucionais do
governo do Estado, fez uma reunião virtual com vereadores e presidentes
municipais tucanos. Detalhe: dos 308 vereadores, pouco mais de 10% se fez
presente.
Na véspera, o governador havia conversado, também em formato virtual, com
prefeitos e vices tucanos. Os movimentos, além de claramente representarem um
cumprimento de carnê, envolve a tentativa de levar com ele para o PSD um grupo
considerável de lideranças tucanas.
A migração de líderes do PSDB para o PSD teria sido um dos pontos
combinados nas conversas de Leite com Kassab enquanto sua filiação ainda era
negociada.
O governador gaúcho ingressará no PSD sem nenhuma garantia de viabilizar o sonho de ser candidato ao Planalto. Pelo contrário. Até aqui, o ficha 1, no caso de protagonismo do partido, é Ratinho Júnior.
Leite então disputará uma das duas vagas ao Senado nas eleições de 2026.
Simultaneamente aos movimentos de Leite, seguem ocorrendo as articulações em
torno da fusão entre o PSDB e o Podemos, que envolvem uma série de detalhes.
Uma das justificativas, aliás, que passou a ser frequentemente usada por Leite,
especialmente nos últimos dias, sobre a mudança de partido, é a de que o PSDB
está deixando de existir. CP/foto:Mauricio Tonetto