O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
participou de evento onde foi anunciado nesta terça-feira um acordo para
produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única
contra a dengue. O evento ocorre no Palácio do Planalto, em Brasília, com
participação da ministra Nísia Trindade (Saúde) e de outras autoridades do
Governo Federal e do setor de saúde.
A iniciativa integra uma estratégia de
fortalecimento da indústria brasileira, para dar autonomia e buscar novas
soluções para o Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de 2026, serão ofertadas
60 milhões de doses anuais, com possibilidade de ampliação do quantitativo
conforme a demanda e a capacidade produtiva. Objetivo é atender a população
elegível pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre 2026 e 2027.
A partir de parceria entre o Instituto Butantan
e a empresa chinesa WuXi Biologics, a produção se dará pelo Programa de
Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL) do Ministério da Saúde, que já foi
aprovado e está em fase final de desenvolvimento tecnológico. O programa
representa um grande avanço no combate à dengue no Brasil, uma vez que a
combinação das capacidades de produção das instituições permitirá a ampliação
da vacinação. O protagonismo do Governo Federal fará com que a capacidade
produtiva e de oferta de uma vacina 100% nacional contra a dengue cresça em 50
vezes.
Por meio do Complexo Econômico-Industrial da
Saúde, o projeto conta com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), no financiamento da pesquisa clínica; e da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), na análise do pedido de registro, que
contempla a população de dois a 59 anos.
A atual gestão do Governo Federal foi a primeiro a ofertar em todo o mundo uma vacina contra a dengue como ação de política pública e, agora, com auxílio do Novo PAC, vai viabilizar a expansão para um número maior de pessoas. O investimento total na parceria é de R$ 1,26 bilhão. O Novo PAC tem o Instituto Butantan como um dos grandes beneficiários dos investimentos para infraestrutura e fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A medida é exemplo da importância do fortalecimento da indústria nacional para assegurar o acesso da população a novas tecnologias de saúde. Também estão previstos R$ 68 milhões em estudos clínicos para ampliar a faixa etária e avaliar a coadministração com a vacina contra chikungunya. Essas ações estão alinhadas à estratégia da Nova Indústria Brasil (NIB).
Prevenção
A vacina seguirá como prioridade para
enfrentamento à dengue no país. Contudo, até a vacinação em massa, continuam
fundamentais o reforço das ações de prevenção, vigilância e preparação da rede
de assistência, essencial para evitar óbitos. A atual gestão do Governo Federal
é responsável pela expansão do uso de novas tecnologias de prevenção da dengue
– como o método Wolbachia e as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL).
Todas as ferramentas disponíveis têm sido potencializadas no país.
Insulina
O Governo Federal também anunciou a fabricação
nacional da insulina Glargina como parte do Programa de Parcerias para o
Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde. O projeto envolve a
produção nacional do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) pela Fiocruz (Unidade
Bio-Manguinhos) e a ampliação da fabricação do produto final pela Biomm,
empresa que recebeu o registro para a produção de insulina Glargina.