Pactuação junto aos municípios permite aplicação a pessoas acima de seis
meses
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul definiu junto
aos municípios a liberação da vacinação contra a gripe (influenza) para a
população em geral, desde que acima dos seis meses de idade. Apesar da flexibilidade,
a recomendação, porém, segue para que as pessoas dos grupos prioritários façam
a dose.
Dados atualizado até esta quinta-feira indicam que, no Estado, mais de
1,4 milhão de pessoas já se vacinaram contra a gripe neste ano. Isso representa
até o momento uma cobertura 28,5% entre os grupos das crianças (acima de seis
meses a menores de seis anos), idosos (60 anos ou mais) e gestantes. Iniciada
oficialmente em 7 de abril, a meta da estratégia é o alcance de 90% de
cobertura entre esses grupos. Aos demais públicos não é proposto um índice
alvo, visto que o número de pessoas é estipulado.
Para o reforço nos estoques de vacinas junto aos municípios gaúchos, o
Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) realiza nesta quinta-feira a
distribuição de mais um lote de 703 mil doses para as regionais da SES. Com
esse quantitativo, já são aproximadamente 3,9 milhões de doses distribuídas
para a estratégia. Ao todo, o Ministério da Saúde deve enviar ao RS cerca de
cinco milhões de doses neste ano.
Grupos de risco
A diretora do Cevs, Tani Ranieri, pondera que, mesmo com a liberação,
permaneça a orientação de que os grupos prioritários façam a adesão à
imunização, visto que os dados epidemiológicos apontem eles como o de maior
risco de agravamento ou até óbito. Neste ano já foram registradas 37 mortes em
decorrência da infecção pelo vírus influenza. Dessas, 25 foram entre idosos e
dois entre crianças abaixo dos cinco anos de idade.
Entre os grupos prioritários também está o das pessoas com comorbidades — indivíduos com doenças crônicas ou condições clínicas que aumentam o risco de complicações e morte em caso de infecção pelo vírus.
As comorbidades mais comuns entre os casos que precisam de internação são
doenças cardiovasculares, Diabetes Mellitus e doenças respiratórias. Dados de
2024, apontem que 64% das hospitalizações por gripe e 87% das mortes ocorreram
entre pessoas com essas condições.
Na lista de comorbidades com indicação à vacinação, estabelecida pelo Ministério da Saúde, estão elencadas uma série de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais. Entre elas estão as doenças respiratórias crônicas, cardíacas, renais, neurológicas, hepáticas, diabetes, imunossupressão, entre outras. CP/foto:Pedro Piegas