Os números
apontam que o Rio Grande do Sul deve colher nesta safra 28.050.178 toneladas de
grãos.
O cultivo do milho registrou um aumento de
6,1% na safra 2024/2025 quando comparado à safra anterior, sendo estimada a
produção de mais de 4,7 milhões de toneladas do grão. O resultado positivo está
relacionado com o plantio no início do zoneamento agrícola para a cultura
(agosto), as condições meteorológicas do período de desenvolvimento (setembro e
outubro), as boas práticas de manejo e o uso de irrigação.
O dado foi divulgado nesta terça-feira (11),
na Expodireto Cotrijal, durante o tradicional Café com a Imprensa, realizado
pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul e
Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/RS-Ascar).
Os dados relativos à segunda estimativa da
safra de grãos de verão foram apresentados pelo diretor técnico da Emater/RS,
Claudinei Baldissera. Os números apontam que o Rio Grande do Sul deve colher
nesta safra 28.050.178 toneladas de grãos, em uma área cultivada de 8.435.197
hectares. O levantamento das informações foi realizado pelos extensionistas
rurais dos escritórios municipais da instituição no período de 16 a 28 de
fevereiro de 2025, compilados e revisados pela gerência de Planejamento
juntamente com os regionais.
Os dados também apontam que o milho é a
cultura mais presente nas propriedades rurais devido ao seu uso em diversas
cadeias produtivas. Nesta safra foram cultivados 696.587 hectares com o grão,
com produtividade média de 6.866 quilos por hectare (kg/ha), 21,6% a mais que a
safra 2023/2024.
O milho silagem ocupa uma área de 336.531
hectares e se estima uma produção superior a 12,3 milhões de toneladas, um
aumento de 11,9% quando comparado à safra anterior.
A soja, principal cultura do Estado, apresenta
um pequeno aumento de área cultivada, 0,3%. A cultura foi implantada em mais de
6,7 milhões de hectares. No entanto, as condições meteorológicas não foram
favoráveis ao desenvolvimento da cultura, o que ocasionou a redução de 17,4% da
produção, sendo esta estimada em 15.072.765 toneladas, com produtividade de
2.240 kg/ha ou 37,33 sc/ha (redução de 20,3% de produtividade quando comparada
à safra 2023/2024).
O vice-governador Gabriel Souza participou do
evento e reconheceu a importância do anúncio dos dados da estimativa de safra
em plena Expodireto. “Essa é uma divulgação fundamental para mostrar o quanto
fomos afetados pela estiagem”, destacou.
O arroz irrigado, segundo dados do Instituto
Rio Grandense do Arroz (Irga), ocupa uma área de 970.194 hectares. A
Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.376 kg/ha e uma produção de mais de
8,12 milhões de toneladas do grão.
O feijão 1ª safra é cultivado em uma área de
27.149 hectares e alcançou uma produção de 49,9 mil toneladas. Já na 2ª safra,
a estimativa é que o feijão seja cultivado em 11.913 hectares (redução de 46,5%
de área em relação à safra anterior) e obtenha uma produção de 18.196
toneladas.
“A qualidade dessas informações se dá porque
em cada município tem um extensionista fazendo interlocução com todos os
agentes que promovem a agricultura local. Isso nos traz segurança para divulgar
dados consistentes, de credibilidade”, afirmou o presidente da Emater/RS,
Luciano Schwerz.
O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica,
disse que a Emater/RS-Ascar é a vitrine da cultura familiar, do desenvolvimento
e da diversificação da agroindústria familiar. “Quero agradecer todo o trabalho
da Emater, pelo produto da agricultura que é a razão de existir da nossa
cooperativa. Se não tivéssemos o produto, não teríamos cooperativa, e sem a
Emater não teríamos suporte.”